Matéria no Jornal Zero Hora do dia 09/01/2010 de Nilson Marinho, conta a história de Ludwig Nascimento Pires, considerado prodígio em 1996, quando aos 10 anos executava com maestria ao piano obras de Bach e outros gênios da música clássica. A mãe conta que tudo começou quando Ludwig aos 4 anos ouvindo a mãe dedilhar um minueto de Bach, pediu para tocar o piano e executou de forma surpreendente para a idade e por não ter tido treino prévio. A partir daí iniciou-se uma maratona de treinos, recitais, compromissos inclusive com a imprensa pois aos 10 anos foi feito uma bela reportagem nesse mesmo jornal sobre o prodígio Ludwig. Em 2000 fazia vestibular para o Depto.de Música da UFGRS e atrasou-se para última prova, e isso o revoltou de tal forma que abandonou tudo, a casa onde morava com conforto, a família que orgulhava-se de seu talendo e o incentivava, e renunciou inclusive o nome que considerava atrelá-lo a uma vida que não queria mais viver, passando a se chamar "Alex". Hoje vive no anonimato pelas ruas da capital, já foi visto vendendo CDs piratas para se sustentar. Essa história nos chama a atenção pois provavelmente desenhou uma trajetóra infantil sem infância, sem o momento do brincar do viver as suas imaginações, sem construir suas imitações da realidade adulta. A precocidade da manifestação de seu talento pode ter determinado uma vivência precoce de um mundo adulto, de ensaios,cobranças, fama, entrevistas, compromissos, não havendo para ser criança. Por isso é importante que tudo aconteça a seu tempo, que as crianças vivam com plenitude a sua infância, entreguem-se ao lúdico e a partir daí construam seus caminhos adultos.